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terça-feira, 21 de junho de 2011

Biografia Adolfo Bezerra de Mene[s/z]es Cavalcanti

(1831 - 1900)   Médico, militar, escritor, jornalista, político e intelectual brasileiro nascido na Freguesia de Riacho do Sangue, hoje Jaguaretama, na época na então Província do Ceará, abolicionista convicto e opositor da monarquia que teve grande atuação na capital do Império e mais lembrado pela dedicação aos pobres como médico e pela divulgação do Espiritismo, doutrina que aderiu aos 55 anos. Descendente de antiga família de fazendeiros de criação, ligada à política e ao militarismo na Província do Ceará, era filho do tenente-coronel da Guarda Nacional Antônio Bezerra de Menezes e de Fabiana de Jesus Maria Bezerra. Foi educado na escola pública da Vila Frade, próxima de Riacho do Sangue, onde iniciou sua educação elementar (1838). Por problemas políticas devido à ligação da família com o Partido Liberal e dificuldades financeiras, a sua família mudou-se (1842) para a antiga vila de Maioridade, Serra dos Martins, no Estado do Rio Grande do Norte, onde passou a estudar Latim. Quatro anos depois (1846), a família retornou à Província do Ceará, fixando residência na capital, Fortaleza, e foi matriculado no Liceu do Ceará, onde concluiu o curso secundário. No ano de falecimento de seu pai (1851), mudou-se para o Rio de Janeiro, para estudar na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. No ano seguinte (1852), ingressou como praticante interno no hospital da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, e passou a dar aulas particulares de filosofia e matemática. Formou-se em medicina defendendo a tese Diagnóstico do cancro (1856) e foi convidado para ser assistente do Dr. Manuel Feliciano Pereira Carvalho, Cirurgião-mor e chefe do Corpo de Saúde do Exército Brasileiro e seu ex-professor. Passou a integrar o quadro de membros titulares da Academia Imperial de Medicina defendendo trabalho Algumas considerações sobre o cancro, encarado pelo lado do seu tratamento (1857). Tornou-se (1858) lente substituto da Secção de Cirurgia da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro e, logo depois, foi nomeado como assistente do Corpo de Saúde do Exército, no posto de Cirurgião-tenente. Ainda no mesmo ano, casou-se com Maria Cândida de Lacerda, com teria dois filhos e de quem enviuvaria (1863). Foi (1859-1861) redator dos Anais Brasilienses de Medicina, periódico da Academia Imperial de Medicina. Durante estes anos de formado já ganhara notoriedade como o Médico dos Pobres, pela sua atuação profissional e atendendo gratuitamente os enfermos carentes. Assim, alguns amigos o convenceram a candidatar-se à Câmara, pelo Partido Liberal, como representante da paróquia de São Cristóvão, onde então residia,(1860). Eleito, exonerou-se do Corpo de Saúde (1861) para poder ser empossado. Foi reeleito vereador da Câmara Municipal do Município Neutro (1864) e casou-se (1865) com Cândida Augusta de Lacerda Machado, sua ex-cunhada, com quem teve mais sete filhos. Foi eleito deputado Provincial pelo Rio de Janeiro (1866), mas perdeu o mandato no ano seguinte (1868) com à ascensão do Partido Conservador. Ainda, antes de encerrar a sua carreira política, foi vereador (1873-1885), ocupando várias vezes as funções de presidente interino da Câmara Municipal, efetivando-se (1878), cargo que correspondia atualmente ao de Prefeito, e foi deputado geral da Província do Rio de Janeiro (1877-1885), acumulando o exercício da presidência da Câmara e do Poder Executivo Municipal. Como político destacou-se na defesa de direitos trabalhistas, na proteção ao ambiente natural, em projetos de urbanização e de obras e transportes públicos e construção de ferrovias, além de envolver-se profundamente na campanha abolicionista com a publicação de livros, ensaios e muitos artigos em jornais. Adotou oficialmente o Espiritismo (1886), doutrina que conhecera quando do lançamento da tradução em língua portuguesa de O Livro dos Espíritos (1875), através de um exemplar que lhe foi oferecido com dedicatória pelo seu tradutor, Dr. Joaquim Carlos Travassos. A partir de então, passou a se dedicar integralmente à sua divulgação e tornando-se um expoente da doutrina espírita no Brasil, inclusive escrevendo e também traduzindo livros para publicação em português. O médico e político conhecido como aquele que sempre trabalhou pelos mais fracos, faleceu aos 68 anos, no Rio de Janeiro, deixando um enorme exemplo como ser humano do bem e de dedicação às causas sociais. Como intelectual destacaram-se em sua obra os ensaios A escravidão no Brasil e as medidas que convém tomar para extingui-la sem danos para a Nação (1869) e Breves considerações sobre as secas do Norte (1877), a tradução de Obras Póstumas, de Allan Kardec (1892), e os póstumos, os romances A casa assombrada (1902) e Os Carneiros de Panúrgio (1983) e o estudo etiológico A Loucura sob novo prisma (1920). Sua vida foi tema de um belo filme, Bezerra de Menezes - O Diário de Um Espírito (2008), com Carlos Vereza, produção de Luiz Eduardo Girão e direção de Joe Pimentel e Glauber Filho. Não confundir com outro político cearense famoso: Antônio Bezerra de Menezes (1841-1921).


Figura copiada do sítio ESPAÇO ESPIRITUAL:
http://espacoespiritual.wordpress.com/



Fonte: Só Biografias
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